FESTAS DO DIVINO ESPÍRITO SANTO - As Origens #3

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(continuação)


A Rainha Santa Isabel vestida com
o seu  hábito religioso e com uma
representação do milagre das rosas
D. Isabel de Aragão, rainha de Portugal consorte do Rei D. Dinis e popularmente conhecida como Rainha Santa, institui uma confraria, em Alenquer, a que chamaram Império, e no dia de Pentecostes do ano de 1296, foram convocados clero, nobreza e povo, a tomarem parte nas solenidades religiosas realizadas quando da sua inauguração.
Reza a história que um dos cidadãos mais pobres que assistia aos ofícios litúrgicos, realizados na capela real, foi convidado a ocupar o lugar do Rei, sobre o dossel da capela-mor, e foi-lhe colocada na cabeça a coroa real, enquanto, se entoava o hino Veni Creator Spiritus
Após a celebração da missa, e ainda investido das insígnias reais, foi-lhe oferecido um jantar, no Paço Real.

Foi bem acolhida pela corte esta cerimónia, visto os fidalgos quererem seguir o exemplo de humildade dos seus soberanos. Começaram assim, no dia de Pentecostes a realizar cerimónias idênticas às do Paço Real tendo, com autorização do Monarca, mandado fazer coroas semelhantes à coroa real, que tinham no centro um medalhão com os símbolos da Santíssima Trindade.

Passou então o País a assistir, nos séculos XIII e XIV pelo Pentecostes, a este cerimonial caritativo, levado a cabo principalmente pelas casas nobres e ricas. 

Mais tarde, seria o povo, reunido em Irmandades, a realizar por si estes festejos que eram terminados, à maneira da nobreza, com touradas e jogos.

A Festa dos Tabuleiros  em Tomar, que se realiza de quatro em quatro anos, é das poucas festas dedicadas ao Divino Espírito Santo realizadas no continente, mas são consideradas como a matriz destas celebrações, que depois se estenderam aos Açores e a outros territórios de expansão portuguesa. 


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